27/12/13 - Por tudo que passamos...
27/12/2013 03:12Querido Diário, eu acho que hoje estou inspirado para escrever. Desculpa ficar te enchendo de coisas sempre, todos os dias. O planejado era apenas 2 vezes por semana! Acabei me perdendo nos acontecimentos... Mas você aguenta né? Dessa vez a coisa vai ser mais longa.. mais extensa hein! *BEM extensa MWAHAHA*
Problemas? Eu sei, é normal, mas o que já passamos juntos...
Eu e a minha tuelinha já passamos por muitas coisas, uma delas foi que dia 9 de abril de 2013, ela fugiu de casa. Tudo começa nesse dia. A mãe dela já me perguntou se me arrependo de fazer o que fiz, de ter seguido essa linha. Essa pergunta já passou muito tempo na minha cabeça, e eu digo que não. Podia ter sido diferente e mais fácil? Podia. Mas também eu podia ter perdido-a por qualquer coisinha que esse passado "certo" reservaria. Tudo o que passamos, pode ter certeza, aumentou nossos laços de relacionamento.
Enfim, voltando ao tal dia 9 de abril de 2013, a minha tuelinha fugiu de casa. Eu estava trabalhando nesse dia, fui pego de surpresa pelo telefone quando meu parceiro me ligou dizendo que ela estava lá na casa dele me procurando, aos prantos. Me desesperei! Corri uma distância que era de 20 minutos em uns 4 minutinhos. Sério, meu coração quase saiu fora, mas eu cheguei bem rápido. Quando entro no prédio, me deparo com o meu amigo brigando com a empregada, porque ela confundiu escrotamente a situação, achando que a minha tuelinha era uma ficante dele e que iam fazer merda lá escondido. Mas não! Era a MINHA tuelinha, e ele foi só dar uma água e pedir pra ela me esperar enquanto eu chegava!
Quase cairam na mão. Esse foi o resultado. Eu separei ambos, porque a empregada o criou desde nascido, e achei injusto ele agir daquela forma, mesmo ela estando errada pra c*ralho! Depois ela foi embora e ficamos lá, nós três, pensando no que fazer. A mãe dela ligava mas ela não atendia, não queria voltar para casa e nem ouvir a voz da mãe dela, estava decepcionada. Eu dizendo que uma hora ela teria de voltar, que era pior pois sua avó poderia passar mal (já estava né..) e eu não queria que nada de mal acontecesse à ninguém da família dela. Mas ela me pedia para ficar e cuidar dela.. Pelo menos por um dia, não tentar contrariá-la e levar pra casa, um dia sendo livre sem precisar ouvir gritos, só amor.. Nessa tarde, eu e ela tivemos nossa primeira troca de momentos.. vocês sabem...
Foi engraçado.. eu fui um idiota de marca maior e tinha dito que não era virgem, que tinha feito "isso e aquilo e blábláblá", mentira. Eu queria não ter vergonha de ser virgem naquela época, fui um idiota COMPLETO, eu sei. Mas na hora, era óbvio que eu era virgem, mas mesmo assim, eu consegui fazê-la ficar confiante e se entregar ao momento junto à mim... Foi lindo, foi único. Ela chegava, se enrolava no cobertor e ia pra cozinha perguntar o que devia pro meu parceiro (que é praticamente meu irmão) o que devia fazer, estava nervosa, foi muito divertido.. *risos*
Depois, começamos a andar na rua, igual quatro loucos (outro amigo meu chegou). Compramos um Fofura porque estávamos com fome, e o meu parceiro tomou leite com adoçante direto pela caixa, enquanto estava sentado no metro! HAHAHA
Estávamos tentando arrumar um modo de nos comunicar pelo notebook do meu amigo que tinha chegado, usamos a internet do metro mas não deu muito certo.. Procuramos vários lugares para nos "abrigarmos". Tinha polícia atrás da gente, e apesar de tudo, quando ela me agradecia por estar lá, fazia tudo valer a pena...
Ela é assim, complicada... ha ha ha. Sério *risos*.
No fim das contas fui fichado como sequestrador *pois é*, mas não finalizaram a queixa. Eu estava cuidando dela cara! Que injustiça! Quando eu consigo fazê-la querer voltar pra casa, estamos nós, no meu prédio saindo do play, e me deparo com a mãe do meu parceiro nos procurando na portaria; a família da mô INTEIRA, e meu pai. Depois? Ouvimos muito, não tem noção. Chorei muito, sei lá.. Foi a primeira vez que chorei perante alguém. As palavras pesavam muito, e eram especialmente para mim. Diziam que iam me prender, que "isso" e "aquilo", mas hoje sei que eles são INCAPAZES disso. E sinceramente? Se eu pudesse voltar no tempo, depois de ouvir tudo, daria um belo foda-se pra TODO MUNDO lá *tirando meu pai, que nem brigou comigo*, pegaria a mão dela e correria de novo! HA!
Ameaçaram levá-la para o exterior, onde ela morava. Europa especificamente. Fiquei péssimo com isso...
Mas no fim não a levaram para lugar nenhum, mas proibiram ela de me ver a partir daí. Depois disso todo dia era uma missão, até o momento em que, por conta de brigas em casa, ela começou a ter crises nervosas, o que resultou numa convulsão e uma súbita perda de memória. Ela tinha esquecido de muita coisa, mas felizmente, não esqueceu totalmente de mim... Cuidei dela todos os dias que a mãe dela não aguentava ouvir tantas perguntas de sua memória. Eu não ligava, na verdade, eu amava contar nossos dias juntos, ela sorria tão unicamente...
Um dia ela caiu no hospital por conta disso, em plena madrugada, 1h30 da manhã, saí de casa e fui com ela até o hospital. Ficamos até umas 3h lá, se não me engano. Acabei dormindo na cadeira de espera porque não podia entrar enquanto faziam vários exames nela. Pela primeira vez, a mãe dela sentiu que eu merecia algo.. Mas pelo visto não durou muito não é?
E essa não foi a única vez em que ela foi para o hospital. Lembro o dia em que ela teve uma câimbra forte nas pernas. Resultado? Saímos 1h da manhã e voltamos às 3h30 acho, fiquei ao lado dela o tempo todo esperando o exame de sangue e o resultado de outros exames. Ela me contou depois que a cãimbra tinha passado uma hora depois de iniciar, mas continuou "atuando" pra ficar comigo. Olha como ela é louca, sério! E eu reagi mais feliz que nunca, eu amo essa mulher!
Mais tarde irei atualizar e colocar cada perrengue que passamos juntos. Agora acabei tendo um estresse em casa com meu irmão *afe*, então, fique de olho tá, Querido Diário? Até!